quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Moda cabeça: O Antifashion...

... ou seria pró-arts? O fato é que ele se intitula “assassino de imagens e ícones”. É francês, grafiteiro, seu nome é Zevs, e matou, em performance, uma modelo na esquina da rua Oscar Freire com Haddock Lobo, em São Paulo, reduto de grifes de luxo na paulicéia, na madrugada do dia 1º de dezembro. A modelo, Marina Dias, ficou ali, nua, esticada no chão, com sangue de mentirinha, obviously, escorrendo pela boca. Ao redor do corpo nu de Marina, farinha branca marca o seu contorno – e o do seu salto – evidenciando a cena do crime, bem em frente a uma loja Armani. No chão, Zevs cravou as iniciais da Louis Vuitton, como se a marca amada por 11 entre 10 fashionistas assumisse a autoria do crime. ["Já matou? Arrasou, arrasou, já está sangrando", dizia um amigo da modelo em frente à loja da Diesel, que concentrou uma rodinha de íntimos. "Mata, mata, mata", gritou uma mulher que passava de carro pela rua.], relata um trecho da matéria de Silas Marti para a Folha de São Paulo.


E aí então começam as discussões. Isso é arte? Isso critica ou coloca ainda mais em evidência a indústria da moda? A ideia de Zevs – que inclusive foi atração do Pense Moda 2010 (seminário anual que propõe o intercâmbio de ideias entre profissionais do ramo) – é mostrar que grandes ícones um dia podem cair e (tentar) quebrar os mitos das marcas. Zevs é famoso por suas intervenções em campanhas publicitárias e logos de grifes consagradas da moda. O trabalho, no entanto, não é tido como agressivo, e sim provocativo.

Entre as suas ações, o artista pichou com tinta vermelha modelos em destaque nos principais painéis publicitários instalados em Paris em 2001, ato que ficou conhecido como Visual Attack; em Berlim, ele seqüestrou modelos, adorei isso, das fotos de campanhas publicitárias e pediu resgate às marcas – algumas pagaram o valor, que foi revertido para estimular projetos de arte, este foi o “Visual Kidnapping”, de 2002; em 2008, veio seu trabalho mais famoso, o “Liquidated Logo”, Zevs pintou logos de grifes como Chanel, Louis Vuitton, Nike, Lacoste com aspecto derretido. Suas intervenções renderam alguns dias de cadeia, mas grande notoriedade em todo o mundo, levantando a questão da ditadura da moda, do consumismo e do capitalismo.

Por @marcinhapacheco
Com informações da Marie Claire, Folha de São Paulo, Lilian Pacce e Pense Moda
Fotos: reprodução de

Marie Claire

Daniel Alfaya/ Lílian Pace (foto da modelo "assassinada")


Leia mais na:
Marie Claire
Lilian Pacce
Pense Moda

4 comentários:

  1. Eu particularmente não curto esse tipo de trabalho, pode até ser criativo mas acho de mau gosto.
    Bjs.
    http://bellaonediarys.blogspot.com
    @michelegimenes

    ResponderExcluir
  2. Amei a nova carinha do blog.

    Aderi à esse mundo blogueiro também...
    Espero sua visitinha!

    http://gabisoaress.blogspot.com/
    LOVE AND TREND

    Beijinhos!

    ResponderExcluir
  3. Meninaaas! Que layout mais legal, esse! Amei, sério mesmo. Ficou clean e muito elegante, igual ao conteúdo. Parabéns sempre.

    ResponderExcluir